História do Algodão

Os indígenas, à época do descobrimento do Brasil, já transformavam o algodão em fios e tecidos rudimentares.

NO MUNDO

A história do algodão remonta a séculos antes de Cristo, a partir de vestígios de seu cultivo encontrados em regiões do Paquistão e do litoral norte do Peru e, também, no belíssimo artesanato têxtil dos Incas, reproduzido geração após geração, até os dias de hoje.

Acredita-se que a expansão do algodão para outros países ocorreu a partir da Índia, e desta para a Mesopotâmia, que chegou a ser um dos principais núcleos de comércio à época.

Foram os conquistadores árabes os responsáveis pela instalação de tecelagens na Espanha, Veneza e Milão. Na Europa, o início das atividades industriais com o algodão deu-se em 1641, com a primeira fiação inaugurada em Manchester, Inglaterra, à mesma época em se iniciava a Revolução Industrial, marco fundamental da expansão do capitalismo.

 

NO BRASIL 

Os indígenas, à época do descobrimento do Brasil, já transformavam o algodão em fios e tecidos rudimentares.

Foi em 1750, no Nordeste, o começo da exploração comercial da cultura agrícola do país, sucedendo às atividades de mineração iniciadas com a colonização portuguesa. A partir dessa época, e até meados da década de 80, o Brasil chegou a ser um dos maiores produtores e exportadores mundiais de algodão.

A ruína do cultivo algodoeiro na região nordestina ocorreu na mesma década e deveu-se à chegada ao país, trazido do exterior, do inseto denominado bicudo-do-algodoeiro o qual ainda permanece como uma das maiores pragas da cotonicultura mundial. A infestação do bicudo levou à destruição de plantações inteiras na região e provocando sucessivas reduções de área plantada até a década de 90. Entre 1981 e 1995, a redução da área plantada brasileira chegou a mais de 60% e cerca de 800 mil postos de trabalho no campo deixaram de existir.

No rastro deixado pela praga, deu-se novo impacto sobre o setor cotonicultor brasileiro, nesse período, com as mudanças das políticas comerciais e econômicas acompanhadas da abertura comercial ao exterior, causando a exposição dos produtores de algodão e das indústrias têxteis nacionais à desigual concorrência dos importados.

Nesse panorama, a cultura algodoeira se manteve ao migrar para os Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul e seu crescimento teve como fator principal o desenvolvimento de cultivares voltadas ao cultivo no cerrado, iniciado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no começo da década de 1990.

A atividade ressurgiu no Nordeste, mas aos poucos foi superada pela alta competitividade demonstrada pelas regiões do cerrado, com a produção centrada no sistema empresarial. O Estado do Mato Grosso - há anos o maior produtor nacional - e a Bahia respondem juntos por mais de 80% do algodão em pluma produzido no Brasil.

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