A comunicação positiva do agro brasileiro é um dos itens do planejamento de 2021.

No Brasil, tal volume configura 11,2% do PIB. PIB brasileiro cresceu 7,7% no terceiro trimestre de 2020 o frente ao trimestre anterior, o setor que mais contribuiu para esse resultado foi a indústria, crescendo 14,8%, enquanto que serviços teve incremento de 6,3% e agropecuária retração de 0,5%. No entanto, quando comparado ao mesmo trimestre de 2019, o PIB caiu 3,9%, evidenciando os impactos da pandemia. 

No agronegócio, de acordo com o último relatório do USDA, a produção mundial de soja deve atingir 362,05 milhões de toneladas na safra 20/21, deixando estoques menores (cerca de 85,6 milhões de toneladas). A produção no Brasil está estimada em 133 milhões, a norte-americana em 113,5 milhões e a argentina em 50 milhões. Quanto ao milho, a produção mundial foi para 1,14 bilhão de toneladas, com estoques de 291,43 milhões. A produção brasileira deve ser de 110 milhões, dos EUA de 368,5 milhões e a Argentina 49 milhões.

As exportações do agronegócio somaram US$ 7,94 bilhões em novembro de 2020, (-1,5% em relação ao ano passado no mesmo período). As carnes totalizaram vendas externas de US$ 1,56 bilhão (-0,6%), sendo o segmento mais representativo, com US$ 844,09 milhões referentes à carne bovina, US$ 201,54 milhões à carne suína (+35,8%) e US$ 468 milhões à carne de frango (-11,8%).

Segundo o MAPA.

70 novos mercados internacionais foram abertos no ano de 2020, em vistas a demanda crescente de alimentos e riscos de desabastecimento frente à pandemia. 

Os EUA é o principal produtor mundial de carne bovina in natura; em 2019, segundo a Scot Consultoria, teve uma produção de 12,4 milhões de toneladas em 2019. O Brasil vem em seguida com uma produção de 10,2 milhões de toneladas nesse mesmo ano. Tendo como base o processamento em 2019, estima-se que a indústria frigorífica gerou mais de 7 milhões de toneladas de subprodutos. A “reciclagem animal” é uma das soluções adotadas em sustentabilidade para lidar com esse fato. Caracteriza-se pela utilização das partes do boi que já não são uteis para o consumo humano transformando esses resíduos em coprodutos como gorduras e farinhas que servem como suplementação animal. O mercado interno absorve cerca de 5,3 mil toneladas por ano de ambos produtos, ainda segundo a Scot Consultoria. A tecnologia colaborou nesse avanço e ajuda para aproveitamento da carcaça também.

Dentre os principais acontecimentos, a câmara aprovou em dezembro a criação do Fundo de Investimentos do Setor Agropecuário (FIAgro) e que deve ser votado pelo Senado agora no início de 2021.

É uma alternativa para o financiamento agropecuária a juros mais baixos, por meio da comercialização de cotas do setor, seguindo os modelos dos Fundos Imobiliários.

Além disso, parabenizamos todos que fizeram o Governo de São Paulo repensar no aumento de carga tributária. O Governo do Estado e o Governo Federal não possuem como tarefa aumentar impostos e sim buscar eficiência por meio de reformas inteligentes, com corte de gastos e com melhorias advindas da digitalização e avanço do home-office.

Por último, foi lançado o Projeto Cotton Brazil pela Abrapa, Anea e Apex, para posicionar o país como maior exportador de algodão até 2030. A Abrapa está com escritório de representação em Singapura e uma plataforma online (www.cottonbrazil.com), tornando evidente a preocupação com a presença física + online, o que aumenta a rastreabilidade e sustentabilidade do produto nacional, além do acesso facilitado.

Em suma, o ano de 2020 foi repleto de acontecimentos que mudaram o rumo da história. Questões de saúde pública com um caminho a ser percorrido ainda até chegarmos na luz do final do túnel; questões climáticas como as chuvas destrutivas e questões ambientais relacionadas à Amazônia.  Nesta última, as imagens negativas correram pelo mundo e o principal problema foi a criação de uma cultura em culpar o agronegócio brasileiro por esses fatos, o que não é verdade. A Associação Brasileira de Agronegócio (Abag) monitora constantemente as mídias estrangeiras e as maiores citações vão para gado e soja, que como um grande conflito de informação, são os setores que movimentam nossa economia.

É importante todo início de ano fazermos um planejamento estratégico não apenas do profissional/organizacional, mas também pessoal. Colaborar para a comunicação positiva do agro brasileiro pode ser um dos itens para compor esse plano, visto que é um dos poucos setores que ainda pode colocar nosso país entre líderes do mundo. Claramente quem deve lutar pelo Brasil é o próprio Brasil, o mundo está de olho nos detalhes para conter esse potencial de produtividade e sustentabilidade que possuímos como produtor de alimentos. Precisamos trabalhar juntos.

 

Artigo publicado pela ADM-PRO revista da CRA.

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