E a Soja Trouxe US$ 5 bilhões no Mês
Vamos às reflexões dos fatos e números do agro em agosto e a lista do que acompanhar em setembro. No cenário econômico nacional, segundo o boletim Focus do Banco Central do Brasil, a expectativa do mercado para a taxa Selic voltou a crescer, agora estimada em 7,5% para o final de 2021, mas deve manter seu patamar em 2022. No PIB, espera-se um crescimento de 5,28% neste ano e de 2,04% no próximo.
Já no IPCA, os valores devem ser de 7,12% em 2021 e 3,87% em 2022, enquanto o dólar deve chegar a R$ 5,10 e R$ 5,20, respectivamente. Outro bom sinal para a economia brasileira foi o crescimento do setor de serviços de 21,1% em junho, quando comparado ao mesmo mês de 2020. Também houve crescimento de 1,7% frente a maio, segundo o levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No agro mundial, o relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre oferta e demanda global de grãos do ciclo 2021/22 revelou algumas alterações nos indicadores de produção dos Estados Unidos.O país deve produzir 118,1 milhões de t de soja, o que representa diminuição de 1,8 milhão de t em relação à previsão de julho, enquanto no milho a redução foi mais drástica, de 385,21 milhões para 374,67 milhões de t. Na soja as estimativas para o Brasil e Argentina foram mantidas em, respectivamente, 144 milhões e 52 milhões de t, enquanto no cenário global o volume total foi reajustado para 383,63 milhões de t, com estoques de 96,15 milhões de t. No milho, a produção brasileira foi avaliada em 118 milhões de t e a da Argentina em 51 milhões de t, mantendo as previsões anteriores. Já no cenário global do cereal, a produção foi reajustada para 1.186,12 bilhão de t e os estoques para 284,63 milhões de t.
A estimativa de agosto da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) sinaliza um aumento de 1,2% na produção brasileira de grãos no ciclo 2020/21 em relação ao passado, alcançando o volume de 254 milhões de t.
No entanto, em comparação à previsão de julho, o volume foi reduzido em 6,8 milhões de t, devido as consequências da seca e das geadas na região Centro-Sul do país. O milho safrinha deve apresentar redução em sua produção de 19,3%, totalizando 60,3 milhões de t colhidas, enquanto em julho eram esperadas quase 70 milhões de t. Já no trigo, as expectativas de produção estão em 8,59 milhões de t (+37,8%) diante do aumento de área plantada para 2,7 milhões de ha (+15,1%) e produtividade (+19,7%). Com a colheita praticamente encerrada, o volume de soja está avaliado em 136 milhões de t (+8,9%) numa área de 38,5 milhões de ha (+4,3%). E, finalmente no algodão, estima-se queda na produção de 22%, agora em 2,34 milhões de t de pluma, visto a queda na área plantada para 1,36 milhão de ha (-18%).
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