Na COP26, secretário do Mapa diz que próximo Plano Safra será "absolutamente verde"
O secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura (Mapa), Fernando Camargo, disse, na segunda-feira (8/11) ter certeza que "o Plano Safra do ano que vem será absolutamente verde". Ele fez a afirmação em conversa com jornalistas, durante a COP26, sem mencionar que, atualmente, apenas 2% do volume de crédito destinado à agropecuária é voltado diretamente para recursos do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC).
"Vai ter muito recurso para boas práticas agropecuárias e vamos nos organizar para fazer com que esse recurso não falte lá na ponta”, acrescentou Camargo. O "Plano Safra verde" foi assunto da programação do pavilhão brasileiro na Conferência do Clima da ONU, que, na segunda-feira, foi inteiramente voltada para a discussão sobre a sustentabilidade na agropecuária.
Camargo ponderou que o desafio é fazer com que todos os produtores rurais brasileiros, inclusive os pequenos, tenham acesso a tecnologias. “Para isso, precisamos do apoio da iniciativa privada, do terceiro setor, de várias entidades que levam a tecnologia ao campo”, defendeu ao dizer que o recursos internacionais também podem ser voltados para a pesquisa.
Ela e outros representantes da delegação brasileira na COP26, defenderam a capacidade de reduzir as emissões de metano em território nacional. "A pecuária brasileira tem tecnologias descarbonizantes e o futuro para redução de metano é a tecnologia", resumiu Mariane, ao reforçar que a agropecuária é o setor mais vulnerável às mudanças do clima.
Segundo ele, uma dieta nutritiva e saudável, baseada nos padrões de consumo e preços atuais, é inacessível para cerca de três bilhões de pessoas no mundo. “Hoje, o custo global para que os sistemas alimentares possam garantir nutrição saudável aliada à preservação ambiental é estimado em US$ 12 trilhões por ano. Se nós continuarmos com os modelos atuais, os custos para a saúde humana, meio ambiente e a economia serão imensuráveis.”
Como solução, Moretti propôs investir em sistemas integrados de produção de alimentos, como a própria ILPF. Além disso, ele também se mostrou favorável ao investimento em sistemas mais eficientes para monitorar e antecipar questões relacionadas ao acesso à alimentação em áreas vulneráveis.
"Isso exigirá um investimento de longo prazo, a partir da capacitação de pequenas empresas, investindo em infraestrutura essencial (principalmente estradas, energia, abastecimento de água) e melhorando a capacidade de armazenamento de alimentos para reduzir a deterioração e os riscos à segurança alimentar", disse.
GLOBO RURAL - MARIANA GRILLI
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